segunda-feira, 11 de outubro de 2010

13°

Quando olho para trás esperando ver Mark, me deparo com um homem me segurando pelo pulso, tento me soltar mais não consigo. Fico encarando-o, mas por pouco tempo, aqueles olhos azuis me davam arrepios.
  - Que tal darmos uma volta graçinha? – Ele pergunta, com um sorriso malicioso no rosto.
  - Me solta. – digo.
  - Que isso linda, não se faça de difícil. – ele se aproxima acariciando meu rosto.
  - Não vou a lugar nenhum com você, seu tarado. – falo irritada. – e tire suas mãos de mim. – dou um tapa na cara dele.
  - Hum, adoro agressividade, mas você vai se arrepender por ter feito isso. – ele vai descendo a mão pelo meu ombro, e vai se aproximando de meus seios, mas antes que ele tenta-se algo, Mark surge pegando o braço dele com muita facilidade, e da um soco em sua cara.
  - O que pensa que esta fazendo Erik? – Mark pergunta com agressividade.
  - Conhecendo melhor suas amigas. – ele diz calmamente.
  - Saia agora dessa casa. Não quero ver você perto dela novamente. Pois se eu souber que você tentou algo, juro que ira se arrepender. – Ele diz em tom de ameaça.
  Erik não diz  nada, apenas sai caminhando pela porta da frente.
  - Sinto muito por isso. – ele diz se aproximando de mim . – Você esta bem?
   Faço um gesto positivo com a cabeça. Evitando olhar naqueles olhos que me deixam louca.
  - E sinto muito pelo que tenha visto.
  Ao dizer aquilo, tudo desmorona,  eu queria dizer tudo o que sentia, tudo que estava entalado desde o primeiro momento que o vi.
  - Não entendo o por que de estar se desculpando. Você não fez nada de errado. Você é livre pra escolher quem quiser, e eu não sou ninguém para mudar isso.
  - Mas é você que eu quero. – ele diz
  - Ta. Você já bebeu quanto hoje? Só pode estar de brincadeira né.
  -Não estou brincando. Eu gosto de você, e posso estar sentindo até algo mais.
  Ele pega minha mão e me conduz até o meio da sala, onde todos abrem uma grande roda, para nós ver dançar.
  - O que esta fazendo? – sussurro para ele.
  - Estou mostrando a todos, a mulher com quem quero ficar. – ele sorri.

12°

  Nos aproximamos de uma porta.
 - Porque me trouxe aqui pra cima? – pergunto.
 - Para você descansar.
 - Quero ir pra casa. – digo
 - Não vou deixar você ir pra casa sozinha a essa hora. Alem do mais, aqui você não vai ficar sozinha. – ele para enfrente a uma porta.
 - Como sabe que ficarei sozinha? – pergunto.
 - Sheila me disse. – ele diz
 - E porque ela lhe diria isso? – pergunto desconfiada.
 - Por que ela se preocupa com você. E mandou eu lhe dizer que ela sente muito. E que amanhã conversa com você.
  Ainda fiquei desconfiada, mas não perguntei mais nada. Não tinha certeza se ela estava mesmo bem pra dizer tudo isso. Ele abriu a porta do quarto e entramos.
  Fiquei paralisada ao entrar. O quarto era magnífico, parecia que nunca havia sido usado. A cama era enorme, dava para umas  6 pessoas dormirem nela.
  - Você pode tomar um banho se quiser, o banheiro é logo ali. – ele diz apontando para uma outra porta no quarto.
  - Obrigado. – digo.
  - Durma bem. – ele diz, e fecha a porta do quarto.
  Fico parada no meio do quarto, sem saber o que fazer. Mais por fim me deitei na cama e adormeci.
 

   Acordei algumas horas depois, a musica estava lenta tentei dormir novamente mas não consegui, então resolvi voltar para festa, ao descer as escadas percebi que havia mais pessoas, mas ao reparar bem, eu não conhecia nenhuma delas, o pessoal do colégio não estava mais lá, agora estavam outras pessoas na festa, eram perfeitamente belos, mas eu tinha uma sensação estranha perto deles.
   Fui passando entre eles até encontrar Mark, ele estava conversando com uma mulher extraordinariamente bonita. Na hora eu gelei, a musica mudou para uma mais lenta, ao ver ela tocar o rosto dele, não consegui explicar nem a mim mesma o que senti. Eu só queria sair dali. Mais ao me virar, acabei esbarrando em um garçom, que derrubou um copo no chão. O barulho chamou a atenção de Mark, e ao olhar para ele, nossos olhares se encontraram e logo desviei o olhar para a mulher ao seu lado, e voltei a olhar para ele, pude perceber a tristeza em seu olhar, e aquilo me atravessou. Me virei e sai rapidamente do local, mas algo me impediu de continuar.